sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Historias Infantis como Recurso Pedagógico




Através da arte de ouvir e contar histórias, crianças do mundo inteiro têm aguçado seu potencial criativo mediante a elaboração de cenários imaginários, onde reis e rainhas, gnomos e gigantes, princesas e plebeias, príncipes e gente do povo tem sempre algo a oferecer, seja uma reflexão sobre os valores éticos, estéticos, políticos e religiosos, seja uma aventura que só pode ser vivida através das asas da imaginação.
Autores/atores conhecidos ou anônimos se debruçam sobre a criação e/ou contação de contos e histórias infantis tendo em vista a ampla gama de conhecimentos implícitos e explícitos dessa obra que encanta crianças e adultos de todas as idades.
Nessa perspectiva, a narrativa do conto de fadas tem como objetivo principal atingir propensões consoladoras mediante a manipulação de significados simbólicos, acima de tudo, intra e interpessoais. Cada personagem, cada enredo, cada detalhe faz parte de uma trama complexa que visa atender aos apelos do inconsciente humano frente às mais variadas situações. Ela representa para a criança a possibilidade de lidar com questões que, para ela, parecem difíceis de resolver, um instrumento de transportamento das fronteiras interiores, constituindo-se uma busca pelo “respeito à natureza lúdica que a infância demanda”
Através da narrativa maravilhosa dos contos de fadas, as tensões dos relacionamentos interpessoais, assim como questões internas do desenvolvimento psíquico da própria criança são reorganizadas interiormente para que não lhe pareçam tão ameaçadoras.
A natureza da narrativa maravilhosa permite à criança lidar com seus medos em um ambiente que lhe é próprio que é o do jogo simbólico, onde os personagens, embora tenham algumas de suas características preservadas, assumem formas condensadas ou até distorcidas, conforme o desejo ou a necessidade psíquica dela.

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