A área da educação nem sempre é cercada somente por sucessos e aprovações. Muitas vezes, no decorrer do ensino, nos deparamos com problemas que deixam os alunos paralisados diante do processo de aprendizagem, assim são rotulados pela própria família, professores e colegas.
É importante que todos os envolvidos no processo educativo estejam
atentos a essas dificuldades, observando se são momentâneas ou se
persistem há algum tempo.
As dificuldades podem advir de fatores orgânicos ou mesmo emocionais e é
importante que sejam descobertas a fim de auxiliar o desenvolvimento do
processo educativo, percebendo se estão associadas à preguiça, cansaço,
sono, tristeza, agitação, desordem, dentre outros, considerados fatores
que também desmotivam o aprendizado.
A dificuldade mais conhecida e que vem tendo grande repercussão na
atualidade é a dislexia, porém, é necessário estarmos atentos a outros
sérios problemas: disgrafia, discalculia, dislalia, disortografia e o
TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).
Dislexia: é a dificuldade que aparece na
leitura, impedindo o aluno de ser fluente, pois faz trocas ou omissões
de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta, dá pulos de linhas
ao ler um texto, etc. Estudiosos afirmam que sua causa vem de fatores
genéticos, mas nada foi comprovado pela medicina.
- Disgrafia: normalmente vem associada à dislexia, porque se o aluno
faz trocas e inversões de letras, consequentemente encontra dificuldade
na escrita. Além disso, está associada a letras mal traçadas e
ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao produzir um texto.
- Discalculia: é a dificuldade para cálculos e números, de um modo
geral os portadores não identificam os sinais das quatro operações e não
sabem usá-los, não entendem enunciados de problemas, não conseguem
quantificar ou fazer comparações, não entendem sequências lógicas. Esse
problema é um dos mais sérios, porém ainda pouco conhecido.
- Dislalia: é a dificuldade na emissão da fala, apresenta pronúncia
inadequada das palavras, com trocas de fonemas e sons errados,
tornando-as confusas. Manifesta-se mais em pessoas com problemas no
palato, flacidez na língua ou lábio leporino.
- Disortografia: é a dificuldade na linguagem escrita e também pode
aparecer como consequência da dislexia. Suas principais características
são: troca de grafemas, desmotivação para escrever, aglutinação ou
separação indevida das palavras, falta de percepção e compreensão dos
sinais de pontuação e acentuação.
- TDAH: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um
problema de ordem neurológica, que traz consigo sinais evidentes de
inquietude, desatenção, falta de concentração e impulsividade. Hoje em
dia é muito comum vermos crianças e adolescentes sendo rotulados como
DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque apresentam alguma
agitação, nervosismo e inquietação, fatores que podem advir de causas
emocionais. É importante que esse diagnóstico seja feito por um médico e
outros profissionais capacitados.
Professores podem ser os mais importantes no processo de identificação e
descoberta desses problemas, porém não possuem formação específica para
fazer tais diagnósticos, que devem ser feitos por médicos, psicólogos e
psicopedagogos. O papel do professor se restringe em observar o aluno e
auxiliar o seu processo de aprendizagem, tornando as aulas mais
motivadas e dinâmicas, não rotulando o aluno, mas dando-lhe a
oportunidade de descobrir suas potencialidades.
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