Na sala de aula é visível os prejuízos da criança ou
jovem que não dorme o suficiente: fica desatento durante as aulas, perde
o bom desempenho escolar e tem como consequências a perda do seu ritmo
interno, podendo ser a grande vilã do baixo rendimento escolar. Além disso, a hora de acordar e levantar vira uma
novela, trazendo preguiça, moleza, lentidão, que podem causar conflitos
em casa, fazer o aluno chegar atrasado, acarretando na perda da matéria
da primeira aula, podendo não conseguir acompanhar o grupo,
posteriormente.
A família deve conscientizar os filhos de que cada
pessoa tem seu relógio biológico, e que o mesmo precisa ser respeitado
para que tenhamos bons rendimentos no trabalho e nos estudos.
Permitir que a criança ou o jovem vire a noite
assistindo televisão, jogando videogame ou pendurado no computador não
trará benefício algum, pelo contrário, deixará a cabeça pesada, o
raciocínio lento e o corpo cansado. Os pais precisam ser determinados em impor as regras
de horários. Devem ser firmes e não aceitar a quebra das mesmas. Afinal,
os filhos testam o tempo todo os limites dos pais, querendo ganhar mais
liberdade.
Segundo a
neurologista Claudia da Cunha Godinho, alguns dos distúrbios
do sono e vigília podem corresponder a uma das causas do mau desempenho
escolar. Estes problemas levam a uma perda da atenção, acompanhada
por sonolência e, na tentativa do aluno manter-se acordado, inquietação
e agitação. “Essas crianças geralmente parecem desatentas, resistem
a tarefas que requerem atividade mental contínua e acabam adormecendo
em situações monótonas”, caracteriza.
A psiquiatra
Márcia Ilha avalia que a primeira coisa a se fazer nesses casos
é o professor conversar em particular com o aluno. “As crianças
podem contar problemas relacionados a medos (terror noturno, pesadelos
ou visões antes de adormecer) que fazem com se esforcem para
não dormir à noite, ficando assim sonolentos durante o dia”,
explica. Ela alerta que também é preciso ser considerada a existência
de problemas domésticos, assim como brigas entre os pais, violência
de um dos pais com o cônjuge ou com os filhos, abuso sexual, etc.
“A criança funciona como um radar, portanto sinaliza de alguma
forma as instabilidades do seu ambiente”, ensina a médica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário