segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Estrabismo - pais devem estar atentos






                    A doença pode comprometer a vida social e até o rendimento escolar. O estrabismo é um desalinhamento dos olhos, onde cada um dos órgãos acaba apontando para uma direção diferente. Apesar de ser uma doença que acomete aproximadamente 4% das crianças, pode também surgir na vida adulta, explica a oftalmologista Maria José Carrari.
                    O principal sintoma do estrabismo é o desvio de um dos olhos, causando um olhar que não fixa objetos à sua frente. Outras vezes, as crianças desviam os olhos em ambientes muito claros. Poderão também não ter visão em profundidade. Algumas crianças inclinam ou giram a cabeça em uma determinada direção, com a finalidade de manter os olhos paralelos. “Com freqüência, os pais têm a falsa impressão de que o problema da criança foi curado espontaneamente. Mas as crianças não se curam sem o tratamento adequado. Se há suspeita de que uma criança esteja estrábica, é necessário um exame oftalmológico para determinar sua causa e iniciar o tratamento imediato.
                   Os olhos devem focalizar uma imagem nítida sobre a retina e transmiti-la ao cérebro. Se ambos estão fixando o mesmo ponto, a área visual do cérebro funde as duas imagens em uma única, tridimensional. Esta ação desenvolve a visão em profundidade e a visão tridimensional nos indivíduos. “Quando um dos olhos fica estrábico, duas imagens diferentes são enviadas para o cérebro. Nas crianças com pouca idade, o cérebro aprende a ignorar a imagem do olho desviado, passando a receber somente a imagem do olho não desviado ou de melhor visão. O  estrabismo provoca a perda da visão tridimensional na criança.
                   O paralelismo dos olhos durante a infância permite o desenvolvimento de uma boa visão em cada olho. O estrabismo na infância, se não for tratado precocemente, pode provocar uma baixa visual ou o aparecimento da ambliopia. “A ambliopia acomete aproximadamente 50% das crianças estrábicas. Inicia-se quando o cérebro reconhece apenas a imagem do olho de melhor visão e ignora a imagem formada pelo olho amblíope, que apresenta o estrabismo”, explica a médica. 
                   A ambliopia é tratada com a oclusão do olho de melhor visão com a finalidade de melhorar a visão do olho desviado. Se a ambliopia for detectada nos primeiros anos de vida, o tratamento tem um bom índice de sucesso. “Entretanto, se o tratamento é iniciado mais tarde, a ambliopia e a baixa visual poderão ser definitivas”, esclarece Maria Carrari.

Nenhum comentário:

Postar um comentário