sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Trabalhando com embalagens









Paulo Freire já dizia que a leitura do mundo precede a leitura da palavra, sendo assim, é importante valorizar os conhecimentos e experiências de vida dos alunos. Quando o ato educativo parte dos conhecimentos prévios dos estudantes e os estimula, passa a ter sentido real na vida deles.
Neste mundo capitalista, onde as pessoas são cada vez mais consumistas, os produtos industrializados ganham espaço nos  armários, e as crianças veem desde pequenas latas, caixinhas potes e embalagens diversas ao seu redor. Aprendem a reconhecer e identificar os produtos mais utilizados em casa, e até mesmo alguns logotipos e marcas, conforme lhe são apresentadas.
Na escola, se o(a) professor (a) perguntar o que mais gostam de beber, poderá ouvir: água, leite, refrigerante, café, suco, achocolatado, vitamina e etc. Mas é mais comum se ouvir: Coca, Pepsi, Fanta Laranja, leite Ninho, Danoninho Todinho, Nescau e outros. Eles chamam os produtos pelas marcas e as identificam, seja pelo desenho, pelo cor ou pelas letras do rótulo.
A quantidade de marcas de produtos industrializados reconhecidas pelas crianças pode assustar os nutricionistas, mas na escola este conhecimento pode ser um aliado na educação.  A partir dos rótulos de produtos é possível se alfabetizar, praticar a matemática, estudar geografia, fazer arte, produzir música, aprender culinária e até mesmo obter orientações alimentares. Ou seja, a partir de produtos concretos, com os quais os alunos têm acesso é possível realizar atividades intra e interdisciplinares. Veja:


Linguagem oral e escrita
Através da leitura de rótulos é possível comparar letras, sílabas e palavras, com o próprio nome, com o nome do amigo ou com outras palavras. Pode ser estimuladas trocas de sílabas das palavras do rótulo e produção de textos com  palavras-chaves.

Matemática
Outra proposta de atividade a ser desenvolvida com rótulos é a brincadeira de mercadinho, onde as crianças podem comprar vender ou trocar os produtos, e assim aprender sobre moedas, notas e operações matemáticas. Com os rótulos também é possível fazer jogos, como quebra-cabeças e jogos de memória.

Natureza e sociedade
Trabalhos com rótulos e embalagens podem estimular o estudo sobre o sistema capitalista, industrialização, economia , globalização, consumo sustentável, reciclagem e meio ambiente.

Arte e música
Com os rótulos também é possível fazer arte com reciclagem de rótulo e música  com latas, latões, potes, garrafas e caixas.   Existem inúmeras possibilidades para utilização de rótulos e embalagens na educação, basta usar a criatividade, mas é fundamental que o (a) professor(a) aproveite a oportunidade para ensinar os alunos a terem um olhar crítico sobre o consumo dos produtos industrializados, para que a escola não se torne mais um meio disseminador do consumo desenfreado.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Brincadeiras Folclóricas






 
Brincadeiras  folclóricas são jogos populares passados de geração em geração.  Elas são importantes porque fazem com que hábitos e costumes sejam transmitidos na sociedade, mantendo as características e marcas de uma comunidade. Algumas podem até ser utilizadas pelo professor, dependendo do contexto de sua aula.  Veja algumas brincadeiras folclóricas abaixo.
Balança caixão
Brincadeira de esconder em que as crianças devem fazer uma fila e debruçar os braços nas costas de quem está na frente, de forma em que os olhos fiquem tampados. Um de cada vez deve dar um tapinha nas nádegas de quem está na frente, do último para o primeiro enquanto balançam e cantam: Balança caixão, balança você dá um tapa na bunda e vai se esconder
Amarelinha
Risca-se o chão com giz branco, tijolo, uma sequência de uma e duas quadras até que complete 10. A criança deve pular com um e dois pés até chegar ao céu.  A criança pode também jogar uma pedrinha, e na quadra que ela parar fica proibido encostar os pés.
Bobinho
Deve ter no mínimo 3 crianças, uma para ser o bobinho e duas para serem os pegadores. Os pegadores devem jogar a bola um para o outro, enquanto o bobinho tenta pegá-la. Quando o bobinho conseguir pegar a bola, ele deve tomar o lugar do pegador que não conseguiu pegá-la.
Cabo de guerra
As crianças devem ser divididas em dois grupos. Cada grupo deve segurar de um lado de uma corda, na mesma distância da marca central. Ao sinal, cada grupo deverá puxar a corda para seu lado e tentar dominar a marca central. Vence o grupo mais forte.
Casinha
Jogo simbólico em que as crianças representam papéis de pais ou filhos e suas atividades, de acordo com as referências que cada um possui. Podem ou não utilizar brinquedos como bonecas, panelinhas e fantasias.
Cavalinho de pau
Brincadeira de cavalgar cavalinho de pau, feito com cabo de vassoura, bambu ou vara.
Chicotinho queimado
Uma criança esconde um objeto e as outras crianças tentam achá-lo. Quem escondeu o objeto deve dizer às crianças se elas estão "quente" (perto) ou "frio" (longe), e quando encontrá-lo deve gritar "queimou!"
Cobra-cega
A criança de olhos vendados deve tentar pegar outra criança. Quem for pego vira cobra-cega.
Cobrinha
Duas crianças seguram as pontas de uma corda e a balançam de leve imitando uma cobra se mexendo. As outras crianças devem pular a corda sem encostar nela, caso contrário sairá dabrincadeira.
Coelhinho sai da toca
As crianças devem ser dividas em grupos de três, dois darão as mãos para formarem a toca e um será o coelho que ficará dentro da toca. Uma criança deverá ser o cantador e uma deverá ser o coelho sem toca. Quando for cantado "co-e-lhi-nho-sai-da-to-ca-1-2-3" todos coelhinhos devem mudar de toca e o coelhinho sem toca deve invadir a toca de alguém. A brincadeiras pode ser repetida várias vezes e cada vez mais rápido. Outra maneira de brincar é riscando as tocas no chão.
Corre Cotia ou Corre Cutia
A turma escolhe um objeto qualquer e entrega a uma criança. A turma faz uma roda sentada e canta enquanto a criança corre em volta dela. Ao final da música ela coloca o objeto atrás de um colega e este deve pegar o objeto, levantar-se e tentar pegar a mesma criança que lhe colocou o objeto. Ela deve dar a volta e sentar no lugar da outra, caso contrário deverá imitar uma galinha choca no centro da roda.
Dança da cadeira
Separe uma cadeira para cada criança, exceto uma, por exemplo: se tiverem 10 crianças será preciso 9 cadeiras. Organize-as em círculo com o assento para fora. Coloque uma música e peça para as crianças rodarem na mesma direção, com as mãos para trás. Pare a música e peça para as crianças sentarem, quem ficar sem cadeira sai da brincadeira. Repita a atividade até sobrar apenas uma criança, a vencedora.
Variação: Você pode tirar uma cadeira a cada rodada, mas não tirar nenhuma criança, sendo preciso um sentar no colo do outro.
Detetive
Recorte pedaços de papel em tamanhos iguais de acordo com o número de jogadores. Em um deles escreva a palavra ‘detetive’ e em outro, ‘assassino’. Sentados em círculo, o assassino deve piscar discretamente para as crianças e quem receber a piscada deve esperar um pouco e dizer "morri". O detetive tem que descobrir quem é o assassino e dizer seu nome e se errar sai da brincadeira. O assassino que for pego ou piscar para o detetive deve sair da brincadeira.
Estilingue
A brincadeira leva o nome do brinquedo de jogar pedra: estilingue. Pode ser feito com galhinho de árvore em forma de V amarrado por um elástico e também pode ser encontrado adaptado em lojas.
A brincadeira pode ser divertida quando se disputam a distância e a pontaria do ataque, mas também pode ser muito perigosa, pois pode quebrar vidros e janelas, além de machucar seriamente pessoas e animais.
Forca
É um jogo que tem como objetivo a formação de palavras. Risca-se uma base para forca onde será desenhado o corpo e faz um risco para cada letra da palavra a ser adivinhada. O adivinhador diz uma letra, se estiver certo o enforcador a escreve no risco e se estiver errada faz uma parte do corpo humano na base da forca. Repete-se a atividade até o adivinhador acertar toda a palavra, ou ser enforcado, caso o  enforcador tiver desenhado todo o corpo.
Ioiô
A brincadeira leva o nome de um brinquedo, dois discos que rola por um barbante. O movimento básico consiste em fazer o ioiô rolar para cima e para baixo várias vezes sem parar, mas existem outros movimentos famosos conhecidos como manobras. O jogador que faz ótimas manobras pode participar de várias competições pelo mundo.  
Jogo da velha
Risca-se duas linhas horizontais e duas linhas verticais por cima, formando 9 quadras.
Dois participantes devem escolher quem vai desenhar um X e quem vai fazer um O (ou outro símbolo qualquer). Um de cada vez, desenha seu símbolo em uma quadra até alguém fazer um trio do mesmo símbolo, na horizontal ou vertical.
 Se todas as quadras tiverem ocupadas e ninguém fez um trio é sinal que o jogo "deu velha".
Macaquinho mandou
Uma criança deve ser o macaquinho mandão e as outras crianças devem obedecer. O macaquinho ordena as crianças a fazerem alguma coisa: imitar um bicho, colocar a mão na cabeça, abraçar o amigo, encostar a mão na janela, etc.  A brincadeira pode haver disputas como: quem colocar a mão na parede primeiro ganha ou quem dançar mais bonito vence e será o novo macaquinho.


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Dicas para estimular a imaginação, criatividade e produção de textos














Muitas crianças têm dificuldades para produzirem textos criativos porque não tiveram acesso   a livros, outras porque não tiveram acesso a contação de histórias ou não foram estimuladas a criar. Então , eis mais uma missão para os professores. Não basta que alfabetizem, que ensinem a ortografia e a estrutura textual, os professores devem , também , ajudar as crianças a aumentarem a imaginação, a escreverem com criatividade e  prazer.
 1- Leitura e contação de histórias
 Em primeiro lugar, as melhores maneiras de ampliar a imaginação das crianças são : contação de histórias e estímulo à leitura.   Permitir que as crianças conheçam histórias diferentes das suas, que viagem por lugares nunca vistos antes pelos próprios olhos e sentir emoções junto aos personagens: dão asas as imaginação. Por isto, conte histórias para elas. Dramatize, cante, leia, e deixe-as ler livremente.
2- Participação nas histórias
 Contar uma história com a participação das crianças é muito divertido. Questione-as  sobre a reação dos personagens, sobre sentimentos e valores. Peça para elas criarem um início ou um fim para a história, para refletirem sobre a mensagem transmitida pela mesma.
3- Produção de história
 Comece pedindo para as crianças  relatarem uma série de atividades realizadas em um dia ou contarem uma história pessoal, então, depois peça para que contem ou escrevam uma história fictícia. Desafie-as a criarem histórias cada vez mais criativas e ajude-as a colocarem no papel.
4- Avaliação de histórias
 Oriente os pequenos a lerem o que escreveram e avaliarem seus textos. Diga a eles que podem sempre melhorar suas produções corrigindo ou trocando algumas palavras, mudando o rumo de uma história ou gênero textual.
5- Troca de textos
 Peça para os alunos trocarem os textos com os amigos, isto estimulará a leitura, a imaginação, a crítica, a autoavaliação e a troca de experiências. Ao ler o texto do amigo, a criança estará aprendendo a avaliar e a ser avaliada, mas para isto é importante que o (a) professor(a) ensine o valor do respeito aos amigos, às suas ideias e suas respectivas criações.
6- História coletiva
 A experiência da construção de um texto coletivo pode ser mais marcante do que você imagina. Esta atividade, além de, motivar o entrosamento da turma, desafiar a solução de problemas e estimular a criatividade pode ter uma experiência enriquecedora. O resultado de um texto coletivo é sempre uma surpresa, pois podem aprofundar seriamente sobre um tema; podem transformar o texto em uma comédia ou drama.
 Mas atenção: é importante que o professor estabeleça algumas regras e esteja por perto orientando os alunos a respeitarem a diversidade de ideias.
7- Texto coletivo com um tema específico
Esta atividade estimula o debate de ideias, a criticidade e a criatividade. Assim, como a atividade anterior , é preciso que o professor estabeleça algumas regras.
8- Produção de textos a partir de imagens
A observação de pinturas, desenhos ou paisagens podem excitar a imaginação das crianças e estimular a criação de ótimos textos.
9- Produção de textos com música
Ouvir música clássica na aula pode relaxar, mexer com as emoções, estimular a criatividade e tirar o bloqueio da escrita de algumas crianças. 
10- Escrever por prazer
A motivação nas aulas de produção textual é importante porque o ato de escrever "bem" deve ser relacionado com o prazer de comunicar-se através da escrita. Escrever sem emoção é cansativo e desgastante. Então, semeie o prazer de ler e escrever, ensine a importância dos livros e histórias, dê mais valor para a qualidade da exposição dos pensamentos do que para as regras de português. Dê liberdade para as crianças escreverem sempre que sentirem vontade.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Teatro na Escola











O teatro na escola tem uma importância fundamental na educação, fazendo, em Portugal, parte do currículo escolar obrigatório do primeiro ciclo. Que pode colaborar para que a criança tenha oportunidade de atuar efetivamente no mundo, opinando, criticando e sugerindo e, também permite ajudar o aluno a desenvolver alguns aspectos: criatividade, coordenação, memorização, e vocabulário.
A escola que insere o teatro em suas atividades faz com que seus alunos construam um crescimento cultural que vai além da sala de aula, por meio do discurso espontâneo da linguagem teatral, motivando e despertando uma aprendizagem prazerosa , construindo o desejo de se aprender. O teatro, quando devidamente estruturado e acompanhado, ajuda o professor a perceber traços da personalidade do aluno, do seu comportamento individual e em grupo, traços do seu desenvolvimento, permitindo um melhor direcionamento para a aplicação do seu trabalho pedagógico. No entanto é de enorme importância que o professor de teatro tenha formação não só pedagógica mas também artística, pois um mau direcionamento poderá levar a problemas futuros irreversíveis no desenvolvimento da criança. Para que o docente apresente aos educandos um conhecimento real e reflexivo, é essencial que seja levado em conta todo o contexto sócio cultural e econômico, partindo das experiências do mesmo.
O teatro direcionado às crianças deve estar obrigatoriamente relacionado com diversas áreas como a psicologia e a música, e não somente relacionado à disciplina de artes. É importante ainda utilizar o teatro por meio de recursos pedagógicos, pois apenas apresentá-lo de qualquer forma as crianças, sem que ocorra o planejamento, os resultados finais podem se tornar ineficazes, não atingindo o que se pretende desenvolver.
O teatro na escola pode colaborar para que as crianças possam se relacionar melhor com os colegas e o meio onde vive; construam seu conhecimento brincando e descobrindo seus espaços, se tornem mais participativos e responsáveis nas atividades em sala, projetos, e dinâmicas; formando indivíduos críticos e atuantes de sua própria realidade, opinando e sugerindo, formando cidadãos que valorizem as experiências e sabem lidar com as diferenças sociais do seu bairro. Os professores, familiares e a comunidade, devem conhecer a importância do teatro na formação dos alunos, a fim de contribuírem participando junto com os mesmos. Existem várias formas de teatro, porém os mais conhecidos são: onde o próprio homem atua, utilizando tanto máscaras ou fantoches, como também a sua imagem.




segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Avalie bem o presente que vai dar



 





Quando for  comprar os presentes das crianças reflita sobre os tipos de presentes de acordo com suas utilidades. Existem presentes: 
  • Supérfluos - Aquelas lembrancinhas que as crianças não ligam, não usam e não brincam. Geralmente são os presentes mais comuns, os escolhidas pelo menor preço, pelo modismo ou  comprados sem conhecer a criança (seus interesses, sua fase de desenvolvimento, seu tamanho, etc) 
  • Úteis por curto prazo - São os presentes que correspondem a alguma necessidade ou desejo, como roupas, sapatos e alguns brinquedos do interesse da criança. Estes presentes agradam os pais ou a criança (ou ambos), mas logo perdem a utilidade ou são substituídos.
  • Úteis por longo prazo - Os presentes realmente úteis são os que favorecem o desenvolvimento da criança e sua importância é levada por toda a vida. Exemplo: livros, jogos de raciocínio e brinquedos educativos (que estimulam a coordenação motora, raciocínio lógico, imaginação, alfabetização, socialização, estímulo musical etc).